quinta-feira, 29 de janeiro de 2009


E só pensar em algum assunto para escrever que me lembro de ti e da tua desgraça, faço macumba, mal-olhado, jogo galinha preta na encruzilhada e o que muda está só aqui dentro, não vai embora, só cresce com uma dor que não consigo exprimir, recuso todas as aproximações, jogo prato de vidro em quem entra, tranco a porta e engulo a chave, peço que me deixem em paz e só com a minha lástima e a minha decepção, mas você não. Fumarás e beberás excessivamente, aborrecerás todos os seus amigos com as suas histórias de bisbilhotices, dormirás dias em loucura e noites ansiadas por ilícitos, faltarás mais ao trabalho, pensarás em suicídios e apelará para o desconhecido, chorarás desamparado atravessando madrugadas em tua cama vazia e fria, não conseguirás sorrir sem descobrires em algum jeito alheio o meu exato jeito, em algum cheiro estranho o meu preciso cheiro.

Um comentário:

Anônimo disse...

Bá, eu conheci uma escritora no cs e nem sabia.
Parabéns Ine, tu é muito foda.. Digo, talentosa afu..
Beijooos !